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Alunos de comunidade que sofre com seca no AP caminham cerca de 1h para chegar à escola; VíDEO

Após chamar a aten??o,àescolaVícomo fazer um cassino no tibia o registro de moradores cavando o leito do canal de um rio do Bailique, distrito de Macapá, outra imagem que é reflexo da seca na regi?o foi capturada. Dessa vez, alunos de uma escola pública tiveram que caminhar cerca de 1h para chegar até a institui??o de ensino. (veja o vídeo acima).

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O vídeo, feito na semana passada na comunidade Eluzay, mostra uma fila de crian?as caminhando sob um rio onde anteriormente passavam os ‘barcos rabetas’.

Esses barcos faziam o transporte dos alunos até a Escola Estadual Prof Nair Cordeiro Marques, localizada na comunidade do Livramento do Bailique. De acordo com os moradores, crian?as de diferentes regi?es do distrito estudam nesta institui??o.

“Em meio às dificuldades, buscamos nos unir e tirar for?as de onde n?o temos. é muito triste ver nossas crian?as nesta situa??o, ver os pais vendo seus filhos sair de madrugada e ter que caminhar praticamente durante 1h30[...]” disse o líder comunitário, Otoniel Braga.

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1 de 3 No Bailique, ribeirinhos cavam leito de canal que secou durante estiagem no Amapá — Foto: Reprodu??o

Estiagem severa

O distrito, que fica a cerca de 12 horas navegando de barco da capital, sofre anualmente com os graves efeitos da estiagem. Neste ano, a gest?o estadual chegou a decretar emergência nos 16 municípios em raz?o do fen?meno.

Outros vídeos registrados também na última semana mostram uma área por onde passava um rio, completamente seca. A imagem chama a aten??o pela imensid?o do espa?o atingido. (veja vídeo acima).

A grava??o continua e mostra ribeirinhos empurrando um barco em cima de peda?os de madeira colocados na lama. O material foi espalhado para deslizar a embarca??o de forma mais fácil.

2 de 3 Imagem mostra ribeirinho tentando transportar alimentos em meio a seca — Foto: Reprodu??o

No arquipélago onde fica localizado o Bailique, há pelo menos 52 ilhas. Com a seca, além da quest?o da locomo??o, o acesso aos alimentos que vêm da capital também fica comprometido.

“A maré seca totalmente e n?o tem como a rabeta passar. Quando ela volta a encher, isso na 3a lan?ante, a gente come?a a conseguir passar com nossos alimentos, seguir viagem ou até pegar um barco grande para ir para Macapá. Nossos depósitos de comida est?o secando também [...] além da quest?o da água que n?o é potável”, detalhou o líder comunitário, Otoniel Braga.

No conjunto de ilhas, o problema soma-se ao da saliniza??o das águas e do fen?meno das “Terras Caídas”, assoreamento que vem alterando a paisagem e afetando as comunidades ribeirinhas.

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Entre as comunidades mais afetadas est?o: Ponta da Esperan?a, Capinal, Arraio, Livramento, Ilha das Marrequinhas, Equador, Campos do Jord?o, Maranata, Iga?aba, Ponta do Bailique, Igarapé do Meio, Franquinho, Maced?nia, Progresso e Freguesia.

A??o emergencial

No início deste mês, uma a??o humanitária foi enviada aos moradores do Arquipélago do Bailique. A a??o buscava atender 250 famílias e 34 comunidades atingidas pela saliniza??o das águas, eros?o do solo e o intenso período de estiagem.

As a??es incluem a entrega de 120 mil litros de água potável, 250 gal?es de água mineral de 20 litros e 250 kits de alimentos. Além disso, uma equipe de saúde composta por profissionais de saúde realizará atendimentos médicos.

3 de 3 Kits est?o sendo enviados à famílias do Bailique — Foto: Márcio do Carmo/GEA

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