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Quanta Terra, a vinícola que também é galeria de arte, vai ter prova exclusiva no Vinhos de Portugal; saiba como participar

A Quanta Terra está no Brasil há mais de 20 anos. Alguns dos rótulos mais importantes criados pela dupla Celso Pereira/Jorge Alves ser?o apresentados no Vinhos de Portugal tanto no Sal?o de Degusta??o quanto em uma prova exclusiva que será comandada pelo crítico português Manuel Carvalho neste sábado,ícolaquetambéméresultado concurso 1713 da lotofácil 7 de junho, às 14h30. Entre as novidades desta edi??o estar?o o Phenomena Rosé 2023 e o Manifesto 2017. O enólogo Celso Pereira destaca ainda o espumante éclat 2019, feito (tal como o Phenomena Rosé) com Pinot Noir, “que n?o é uma casta autóctone do Douro, onde está plantada em altitude, mas que tem na regi?o uma express?o muito interessante”. Será também uma oportunidade para reencontrar o Golden Edition 2017, um branco de Gouveio e Viosinho com estágio de sete anos em barrica. Vinhos de Portugal 2025: acesse o site para informa??es, programa??o e venda de ingressos Mas a Quanta Terra é também uma galeria de arte. Querem ver? Contamos essa história a seguir: Uma adega é uma adega e uma galeria de arte é uma galeria de arte, certo? Bem, nem sempre tem de ser assim. às vezes, os mundos se cruzam e isso é bom. é o que acontece, por exemplo, com a Quanta Terra, de Celso Pereira e Jorge Alves, em Favaios, Alijó, na regi?o do Douro Vinhateiro. A vis?o que os dois enólogos tiveram já lhes valeu um prêmio: foram por duas vezes, em 2023 e 2025, vencedores da distin??o Best of Wine Tourism na categoria Arte e Cultura, atribuída pela Great Wine Capitals. — No interior [de Portugal] n?o acontece absolutamente nada — explica Celso Pereira. Dessa constata??o nasceu a vontade de tirar partido do espa?o que foi a antiga destilaria da Casa do Douro e torná-lo (também) uma galeria de arte, mas sem esquecer “o papel do vinho como motor da economia do território”. Celso e Jorge se conheceram no tempo em que ambos trabalhavam nas Caves Transmontanas (produtoras do espumante Vértice) e, quando decidiram lan?ar um projeto em conjunto, come?aram inicialmente por vinificar em espa?os emprestados. Até que, em 2015, surgiu a oportunidade de ficarem com o edifício da antiga destilaria, que resolveram reabilitar e ampliar, com projeto do arquiteto Carlos Santelmo, que preservou, no interior, as antigas cubas. A exposi??o ‘Quanta Terra Quanta Arte’, na vinícola Quanta Terra, no Douro, reúne obras dos artistas Alexandre Farto, o Vhils; Hélio Bray e Paulo Neves — Foto: Divulga??o A atual exposi??o, “Quanta Terra Quanta Arte”, inaugurada em mar?o, com curadoria da Galeria Contagiarte, leva até à adega da Quanta Terra 25 obras (que podem ser adquiridas pelo público) de três artistas: Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils, Hélio Bray e Paulo Neves. — A ideia desta exposi??o nasce da valoriza??o do material e do seu contexto. Vhils escava camadas que revelam a história, como um pintor na tela. Helio Bray mistura técnicas e pigmentos, que levam a formas que se conectam à natureza e, por sua vez, Paulo Neves une a escultura e a arte, com uma forte liga??o com a madeira e os materiais organicos — explica Rui Pedro, responsável pela curadoria da Contagiarte. O que mais fascina Celso Pereira é explorar estas “novas formas, distintas e diferenciadoras, de comunicar o vinho” e, através da arte, “poder cativar pessoas mais novas a virem aqui”. Apesar de a adega continuar a ser “um espa?o de prova”, ela pode ser também uma revela??o. — Uma senhora que veio com um operador turístico encantou-se com um quadro — recorda Celso. — Na exposi??o anterior, vendemos quatro obras, uma delas para os Estados Unidos. N?o estávamos à espera disto, mas nos enche o cora??o de alegria e mostra que estamos no caminho certo. Tudo come?ou “de maneira fortuita”, com um primeiro contato com a artista plástica Joana Vasconcelos, em 2022. Celso sublinha a “generosidade” com que ela se disponibilizou a pensar a melhor forma de integrar o seu trabalho naquele espa?o. O projeto evoluiu para uma parceria entre a Quanta Terra e a Funda??o Joana Vasconcelos e nasceu a exposi??o, com sete obras da artista, entre as quais o “Pavillon du Vin”, que está atualmente nos jardins da embaixada portuguesa em Brasília. Outra dessas obras foi o ic?nico “Cora??o Independente Vermelho”, um enorme cora??o inspirado pelas pe?as de filigrana típicas de Viana do Castelo, mas aqui feito com talheres de plástico vermelho e que rodavam a partir de um eixo, num movimento acompanhado por três fados de Amália Rodrigues: “Estranha forma de vida”, “Gaivota” e “Maldi??o”. Celso recorda como uma vizinha, que mora perto da adega, pedia a uma das colaboradoras do Quanta Terra “ó Diana, ponha lá aí o cora??o a rodar”, porque ia tricotar e queria ouvir os fados da Amália. — Isto tem um quê de encontro — exclama o enólogo. O enólogo Celso Pereira, da Quanta Terra — Foto: Ana Branco Esta colabora??o, frisou a organiza??o na época, veio “demonstrar a vontade da artista em trabalhar na cria??o de uma nova forma de itinerancia que permita a quem n?o reside ou se desloca com regularidade aos grandes centros urbanos europeus o contato com a cria??o artística contemporanea”. O resultado foi t?o positivo que Celso e Jorge n?o tiveram dúvidas de que o projeto de cruzar a arte com o vinho era para continuar. Seguiram-se outros artistas, que entenderam também o valor da ideia de trazer mais arte ao interior de Portugal. Em 2023, a cúmplice foi a artista plástica Leni van Lopik, com a exposi??o “Cor no Douro”. Depois, em 2024, quando o projeto Quanta Terra celebrou 25 anos, o espa?o em Favaios recebeu “Técnica Ancestral”, com curadoria da plataforma cultural Underdogs e com os artistas Alexandre Farto aka Vhils, AkaCorleone, Pedrita Studio, PochiAvo, Raquel Belli e Vasco Maio. — é fundamental este investimento em territórios de baixa densidade. O vinho é um dos principais motores da economia portuguesa, e aliado à cultura ganha uma for?a imensurável — declararam os enólogos na inaugura??o da exposi??o, refor?ando aquela que é a mensagem que desde o início querem passar. Joana Vasconcelos e Vhils Joana Vasconcelos e Vhils s?o dois artistas portugueses com uma proje??o internacional muito significativa e com obras que podem ser vistas em vários locais do mundo — Joana já exp?s, por exemplo, no Palácio de Versalhes, na Fran?a, e no museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha, além de ter representado Portugal na Bienal de Veneza em 2013. A artista, que tem ateliê em Lisboa, é conhecida pelas obras de grande escala em que brinca com os símbolos portugueses e a identidade nacional. Uma das suas interven??es mais recentes, intitulada “Bolo de Noiva — Um Templo ao Amor”, foi, em 2023, a cria??o de um gigantesco bolo de noiva, uma escultura de três pisos, 12 metros de altura e 365 metros de área total, para a Funda??o Rothschild, em Waddesdon, Reino Unido. A escultura, que inclui, entre outras coisas, quedas d’água, tem mais de 25 mil azulejos da famosa fábrica Viúva Lamego. ‘Cora??o Independente Vermelho’, obra de Joana Vasconcelos, na vinícola Quanta Terra no Douro — Foto: Adriano Miranda/Público Vhils é um artista nascido em Lisboa cujo trabalho é comparado ao de um “arqueólogo urbano contemporaneo”, explorando “o conceito de destrui??o criativa”. Esculpindo e gravando nas paredes das cidades, retirando camadas das paredes de edifícios abandonados, Vhils criou uma identidade visual poderosa ao revelar a beleza de rostos humanos onde ninguém imaginaria que eles existiam. Com o seu gesto artístico, ele traz à superfície um mundo que se escondia em paredes esquecidas. O trabalho de Joana e Vhils com a Quanta Terra se prolongou além das exposi??es, com ambos criando rótulos para edi??es especiais de vinhos. Com a primeira nasceu a marca Joana Vasconcelos by Quanta Terra, cuja receita se destina, em parte, ao financiamento de bolsas para jovens artistas. Vhils, por seu lado, trabalha nas 250 garrafas de cinco litros (“ele precisa de espa?o para criar”, diz Celso) que resultar?o da sua colabora??o com a Quanta Terra. — O Vhils vai fazer uma interven??o no vinho, garrafa a garrafa — explica Celso. — Cada uma terá um desenho distinto, a partir do olho humano [um tema que o artista tem trabalhado]. Tal como o vinho, [a interven??o] é um testemunho que jamais se repete. O Quanta Terra íris será lan?ado no segundo semestre de 2025. Quanto à atual exposi??o “Quanta Terra Quanta Arte” pode ser vista na adega Quanta Terra até 31 de dezembro (visitas de quarta-feira a domingo, das 10h às 17h30). As obras est?o espalhadas por todo o espa?o, que pode ser visitado livremente, mas há também a possibilidade de se fazer uma visita guiada (a partir de 20 euros por pessoa, incluindo uma prova de vinhos, com pre?o variável). Neste caso, aconselha-se reserva prévia através do e-mail: reservas@quantaterradouro.com. Mais recente Próxima Vinhos de Portugal come?a hoje, no Jockey Club da Gávea; veja a programa??o completa Mais do Globo .post-notifier-pushstream{ display:none}.bstn-fd .bastian-card-mobile,.bstn-item-shape,.tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub--visivel .tag-manager-publicidade-banner_feed_esppub{ background-color:#fff;contain:layout paint style;margin:16px 0 0;overflow:hidden}.feed-media-wrapper{ margin:24px -24px 0}.bstn-fd-item-cover{ background-color:#ccc;background-position:50%;background-size:cover;height:0;overflow:hidden;padding-top:56.25%;position:relative;width:100%}.bstn-fd-cover-picture{ position:absolute;top:0;left:0;height:100%;width:100%}.bstn-fd-picture-image{ color:transparent;height:100%;width:100%}.feed-post-body{ padding:24px 24px 0}.feed-post-link{ display:block;text-decoration:none}.feed-post-header{ color:#333;font:16px/20px Arial,sans-serif;letter-spacing:-.32px}.bstn-aovivo-label,.feed-post-header-chapeu{ vertical-align:middle}.bstn-aovivo-label{ 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