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Natura amplia metas e refor?a ambi??o de se tornar empresa 100% regenerativa até 2050 ESG Valor Econ?mico.txt
A Natura anunciou nesta sexta-feira (04) uma nova etapa em sua trajetória de sustentabilidade: a revis?o e amplia??o de suas metas ambientais,?aambi??odesetornarempresaregenerativaatéESGValorEcon?resultado do jogo do bicho deu no poste de hoje ao vivo oficial sociais e econ?micas com o objetivo de se tornar uma empresa 100% regenerativa até 2050. A estratégia foi detalhada pelo CEO Jo?o Paulo Ferreira e por executivas da área de Sustentabilidade da empresa em encontro com jornalistas e formadores de opini?o em S?o Paulo. As metas envolvem compromissos mais ambiciosos em temas como carbono, diversidade, renda digna e cadeia de fornecedores. “Nós estamos assumindo mais um compromisso público: de nos tornarmos, até 2050, uma empresa 100% regenerativa. E também ter uma certa coragem em assumir essa terminologia, regenerativa”, afirmou Ferreira, durante apresenta??o da nova “Vis?o 2050” da empresa. window._taboola = window._taboola || []; _taboola.push({ mode: 'organic-thumbs-feed-01-stream', container: 'taboola-mid-article-saiba-mais', placement: 'Mid Article Saiba Mais', target_type: 'mix' }); O conceito vai além da sustentabilidade tradicional: n?o se trata apenas de mitigar impactos negativos, mas de gerar impacto líquido positivo sobre o meio ambiente, as pessoas e a sociedade. “Sustentar o mundo como ele é hoje n?o parece ser uma boa ideia”, pontuou o CEO. “é necessário curar, restaurar, regenerar.” A Natura contou com apoio da Universidade de Oxford para desenvolver o conceito e as métricas do que considera um modelo regenerativo. A inspira??o vem também de empresas reconhecidas por seu impacto positivo, como a companhia de vestuário esportivo Patag?nia e a Tony’s Chocolonely, esta última fabricante de chocolates atuante na erradica??o do trabalho escravo na cadeia do cacau. “A gente aprende muito com essas empresas”, disse Ana Costa, vice-presidente de Sustentabilidade, Jurídico e Reputa??o Corporativa da Natura. Para a constru??o e reavalia??o da estratégia regenerativa, a Natura envolveu mais de 100 stakeholders, entre colaboradores, consultoras, lideran?as comunitárias, representantes do Sistema B e especialistas em sustentabilidade — como o britanico John Elkington, criador do conceito de Triple Bottom Line. “O mundo n?o é só a Natura. A vis?o precisa ser construída coletivamente”, afirma Ana Costa. Segundo ela, ouvir as consultoras de vendas e beleza da marca é essencial. “N?o adianta fazer para a consultora, a gente tem que fazer com ela.” Para guiar sua estratégia, a Natura utiliza o Integrated Profit and Loss (IP&L) — metodologia que monetiza o impacto da empresa em quatro dimens?es: capital natural, capital humano, capital social e capital financeiro. Em 2024, segundo o IP&L, para cada R$ 1 de receita líquida, foram gerados R$ 2,50 de impacto socioambiental positivo. “A meta é tornar o impacto positivo. Em 2030, já queremos gerar quatro vezes o valor da receita líquida em capital natural, humano e social”, afirma Angela Pinhati, diretora de Sustentabilidade da empresa. Segundo ela, para cada projeto aprovado, é preciso comprovar retorno positivo nos quatro capitais. “Isso já está no cora??o da nossa governan?a.” No caso do capital natural, o maior desafio está nas emiss?es indiretas, do escopo 3, que representam 95% da pegada da empresa e envolvem fornecedores e o ciclo de vida dos produtos. A Natura já havia assumido o compromisso de reduzir 42% das emiss?es de escopo 3 até 2030 e refor?a agora a ambi??o de tornar seu impacto ambiental positivo até 2050 — superando os danos causados por meio de a??es regenerativas. Além disso, até 2030, a empresa pretende zerar o desmatamento em cadeias críticas e garantir rastreabilidade e certifica??es para direitos humanos. Para 2050, a meta é rastrear 100% dos produtos e contar com todos os fornecedores alinhados a práticas regenerativas. Inova??o com parceiros e avan?os sociais Parte essencial da estratégia de redu??o do escopo 3 envolve inova??o em embalagens. “Tanto a inova??o interna em biomateriais quanto a colabora??o com fornecedores s?o importantes. A gente vê no fornecedor um parceiro”, explica Pinhati. Ela cita como exemplo os frascos de vidro da perfumaria da Natura, que hoje já usam até 30% de material reciclado. Mas o maior impacto veio da mudan?a da matriz energética no forno de seu fornecedor — o forno opera a mais de 800°C. A troca por energia renovável reduziu drasticamente a pegada de carbono. Outro exemplo é a parceria com a Nespresso, que recolhe cápsulas usadas e as envia ao fornecedor da Natura, que as reutiliza na produ??o de bisnagas de alumínio reciclado para cosméticos. No eixo social, a Natura também revisou suas metas. Agora, a ambi??o é garantir que 100% das consultoras profissionais tenham renda digna até 2050, com base em um cálculo regionalizado. Em S?o Paulo, por exemplo, a renda digna considerada é o dobro do salário mínimo. “O desafio é como eu olho para o meu modelo de negócio para ajudar para que ela tenha aumento de renda”, diz Angela Pinhati. Para isso, a empresa aposta no fortalecimento da marca e no uso de ferramentas digitais que aumentem a produtividade das consultoras, como redes sociais e inteligência artificial. A meta de 30% de diversidade no grupo gerencial também foi reavaliada, com a inten??o de refletir a composi??o da sociedade em cada país onde atua. No Brasil, isso significa aumentar a presen?a de pessoas negras, indígenas, LGBTQIA+ e outros grupos historicamente sub-representados. Estratégia inegociável — mesmo na crise “A partir do momento que eu sou um negócio regenerativo, quanto mais o negócio cresce, mais impacto positivo eu trago para o mundo”, resume Pinhati. Jo?o Paulo Ferreira refor?ou que regenerar é também uma estratégia de negócios. Ele relembrou o histórico da Natura, fundada em 1969, e os princípios que a tornaram uma empresa reconhecida globalmente por seu modelo sustentável. “A empresa é um organismo vivo, cuja longevidade depende da sua capacidade de contribuir para a sociedade”, disse. O CEO também destacou o papel da regenera??o como diferencial competitivo. “Num momento em que a gente viu muitos retrocessos... nós entendemos que uma das obriga??es da cidadania empresarial é criar diferen?as. Por isso, revisamos todas as nossas metas para cima.” E completou: “Definimos sonhos, tornamos compromissos públicos, eles viram a??o. E a a??o muda a empresa, muda a forma de fazer negócio, gera diferencia??o.” Mesmo diante de desafios financeiros nos últimos anos — especialmente após a integra??o da Avon —, a empresa afirma que sua estratégia ESG nunca foi colocada em xeque por investidores ou credores. “Nunca foi questionado. Primeiro, a gente nunca deixou esse questionamento entrar. Sempre foi a nossa maneira de fazer negócio”, afirma Ana Costa. Segundo ela, a regenera??o é a evolu??o natural do modelo de negócios da Natura, que sempre buscou alinhar resultado financeiro com impacto positivo. “Essa é a jornada importante: parar de compensar um capital com o outro. O objetivo é n?o precisar usar um capital para justificar a perda de outro. Queremos gerar valor positivo em todos”, resume. Para a Natura, o futuro se constrói com consistência. “O futuro a gente faz com os pés no ch?o, andando, fazendo todos os dias o primeiro passo”, concluiu Ferreira. “A colabora??o entre todos os agentes de um ecossistema pode produzir mais riqueza, mais abundancia, um estado de saúde maior para aquele ecossistema. é isso que a gente ambiciona.”
